quinta-feira, 25 de agosto de 2011


Aborrecente, não!
Adolescrente, sim!

Papo sério
A adolescência é considerada por muitos a fase mais problemática da vida. Tempo de indecisões, amadurecimento, conflitos e transformações radicais, tanto físicas quanto psicológicas.
De fato, ela é um rito de passagem, ou seja, uma preparação para a vida adulta, sendo esta encarada como uma fase estável, responsável e madura.
Isso é uma característica de nossa cultura, na qual a adolescência, apesar de incompreendida, é muito enfatizada e comercializada. Uma prova disso são as lojas especializadas em moda teen; as não aconselháveis revistas voltadas para este público, que explicam desde "que absorvente devo usar" até "como devo proceder para atingir o clímax sexual".
Mas isso não quer dizer que os reais anseios e necessidades dos adolescentes estejam sendo supridos. Amor, dedicação, tolerância, um ombro amigo e broncas quando necessário não se compram em lojas. Além disso, a comunhão com Deus, que é garantia de vitória sobre as dificuldades, também não é adquirida como um objeto.
Jesus foi um adolescente como você, por isso sentiu na pele as dificuldades e conflitos que hoje você experimenta. E porque Ele venceu, hoje está aqui para acalmar os ventos e as tempestades que a adolescência anuncia.

1. SOCORRO, sou um adolescente!Cada pessoa tem uma maneira diferente de encarar as fases da vida. Tem gente que se desespera diante das mudanças, enquanto outras acham legal.
Sendo assim, existem adolescentes que passam pela adolescência sem "traumas" ou grandes problemas.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dilemas do namoro cristão

por Sérgio R. Ferreira
Um dos comentários feitos no último artigo sugeria que publicássemos um artigo para quem tem namorados(as) cristãos. Sugestão aceita. 
É possível que alguns jovens pensem que se estiverem namorando então automaticamente estão fazendo a vontade de Deus, pois não estão “ficando” como o mundo faz.  Mas esse não é um conceito correto.  Entre crentes em Cristo, o namoro exige maturidade emocional, espiritual e até física. Por quê?
O cristão precisa seguir os princípios bíblicos, não somente no namoro, mas em todas as situações. Por isso os jovens cristãos que já estão namorando, devem estar atentos aos padrões de santidade, verdade, e domínio próprio contidos nas Escrituras. Pensar em namorar é natural, e se você ainda não teve esse pensamento, certamente terá algum dia. O namoro é um período muito bom, e é perfeitamente normal que jovens crentes queiram iniciar ou manter um namoro. Entretanto, é preciso entender que um namoro cristão envolve alguns dilemas. 
O primeiro dilema é a idade. Temos encontrado adolescentes convertidos de doze ou treze anos que estão namorando “sério” com ou sem consentimento dos pais. Para o mundo de hoje é considerado comum o namoro começar aos onze ou doze anos, mas isso não deveria ser aceito pelos cristãos. Particularmente não acho aconselhável um namoro tão precoce por vários motivos. Um dos motivos é o propósito. Qual seria o propósito de um menino de treze anos ou uma menina de doze ao iniciar um namoro? Qual deveria ser o propósito?

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Call Center no céu

por Sérgio R. Ferreira


Call Center é uma central de atendimento equipada com linhas telefônicas disponíveis para reclamações e ou ações de telemarketing.    
Call Center  é um serviço  ao consumidor, e  além disso, está na moda.  

A lei do SAC que exige que o consumidor seja atendido em um minuto, ativou um hábito que a maioria das pessoas tem: o de reclamar. 
Já pensou se existisse um “call center” no céu? Comecei a imaginar as reclamações diversas a respeito de adolescentes e pais.
Um pai diria: Alô. Quando meu filho nasceu ele era lindo e maravilhoso, agora está dando muitos problemas de rebeldia, ele está com quinze anos, ainda está na garantia?
Um filho reclamaria: Alô, é do Call Center do céu? Queria trocar meu pai por outro mais compreensivo, e mais presente. Tem como?
Outro pai ligaria preocupado: Alô, quero trocar meus filhos de 16, 14, e 12, por outros que gastem menos. O consumo está muito alto e só aceitam certas marcas famosas. Tenho direito a reembolso nesses casos?
Mais um pai desabafaria: Meu filho de 13, passa o tempo todo na frente do vídeo game e não quer saber de estudar. A devolução está prevista em contrato?

domingo, 21 de agosto de 2011

O Talarico

por Sérgio R. Ferreira


Em meu trabalho de capelania escolar, deparei-me aconselhando uma adolescente de 14 anos, ela reclamava dos apelidos pejorativos que recebia constantemente dos colegas de escola.
Que tipo de apelido, por exemplo?Perguntei.
Odeio quando eles me chamam de “talarica”
Talarica? O que vem a ser isso? Uma nova linguagem típica do adolescente? Uma gíria? Haveria alguma história por trás desse  termo?
Descobri que talarica significa aquela que rouba namorado de outra. Isso é uma alusão a uma música  que diz : “o talarico roubou minha mulher” . Dessa visão percebi que tal assunto daria um ótimo artigo para o “adolecrentes”, principalmente pela seguinte realidade: “Todo mundo quer manter o (a) namorado (a) que tem,.”
Todo adolescente fica preocupado, pois nessa fase ele sente a necessidade de se sentir amado, e aprecia as amizades cheias de lealdade. Mas o talarico está por todos os lados. Pode ser visto nas escolas, nas esquinas, no jogo de futebol, nas lan houses, nas festinhas de aniversário, e até na igreja!
Mas caro jovem, não fique tão preocupado, pois dependendo do namorado ou da namorada, até que perder seria lucro. Veja os exemplos:
O namorado não convertido.  Essa é uma fuga perigosa, que ocorre quando jovens cristãos buscam no mundo uma companhia, para manter a fama de ser um adolescente “da hora”.  Um dos perigos desse tipo de relação se encontra no conceito de namoro que a pessoa sem Cristo tem, bem como da sua visão sobre “podes” e “não podes”. Esse tipo não segue o padrão de comportamento guiado pelo Espírito, e vai forçar a barra para que o contato físico seja intenso, levando a relação para o sexo precoce, motivo de muitos casos de gravidez inesperada, doenças, e abandono das igrejas por parte da juventude.

sábado, 20 de agosto de 2011

Salvação no Haiti

por Sérgio R. Ferreira

Sou Ana Del Pietra, tenho quinze anos, e sobrevivi ao terremoto que arrasou meu país.
Apagaram-se as luzes e a escuridão era tudo que se podia ver. O gosto de poeira entrava pelas minhas narinas e fazia arder meus olhos. Encolhi os ombros com medo, pois apesar de não estar vendo nada, ouvia gritos e barulho de paredes desabando. Um grito de terror misturado com dor ressoou perto de mim. Eu não tinha forças para me mexer, fiquei paralisada, embora não sentisse nenhuma dor, eu estava perplexa. Percebi que eu estava no meio dos escombros. Tudo tinha acabado. Cadê a Rose? 
Naquela tarde tudo parecia normal. Eu percorri o caminho de sempre. Estranhei que minha prima Rose não tivesse aparecido na escola e resolvi visitá-la, afinal éramos apelidadas de “as gêmeas”, e não era pela aparência física.
Na verdade, fisicamente éramos bem diferentes. Eu, mais moderninha. Cabelos esticados, castanhos escuros, mas com uma mecha loira na frente, isso ressaltava mais a minha pele negra.  Gostava de calça jeans, se bem que só tinha duas, e além disso, eu tinha ficado com bem mais meninos do que ela.
Rose não era assim. Parecia uma indiazinha, sempre de saia de tecido estampado, nem sempre combinando com a sandália ou com a blusa.